Ser Especifico.

Alguma vez se encontraram no meio de uma grande cidade com a sensação esmagadora de não saber por onde começar a fotografar?

Isto é especialmente verdadeiro se só tiverem dois ou três dias no local.  Aconteceu-me, muitas vezes. Tenta-se ver e captar tudo e acaba-se com fotos medíocres de coisas aleatórias, a maioria delas bastante banais e sem interesse.

Há uma cura para isso: definir um género específico ou um tema em particular para o dia. Isto não implica que ignorem tudo o resto à vossa volta, mas acabarão por ficar mais atentos a pormenores e detalhes que de outra forma passariam despercebidos, resultando em imagens muito mais interessantes do que se tivessem tentado captar tudo o que vos aparece pela frente.

Se gostam de fotografia de rua, podem decidir por um ou dois temas específicos como por exemplo: “pessoas de bicicleta”. Não irão perder nenhuma outra situação na rua ou as beleza de algum monumento ou atracção que seja o vosso destino final de caminhada, mas se ao longo desta procurarem por algo específico, vai se tornar mais divertido e desafiante

E se forem fotografar arquitectura? Escolham um detalhe arquitectónico, um padrão repetitivo, procurem reflexos em edifícios ou estilos de arquitectura contrastantes. Isto não significa que vão deixar de fotografar a Ponte D. Luis na sua totalidade quando estiverem no Porto, mas o álbum de fotos vai ser muito mais interessante se ele incluir alguns grandes-planos dos parafusos ou rebites que o mantém unido e os padrões repetitivos das vigas de aço.

Poderia continuar a dar ideias sobre tudo e mais alguma coisa. Só depende dos vossos interesses. Escolham uma cor, fotografia com animais, pessoas com chapéus, etc. Pensem de forma completamente originial e sobretudo façam por tentar algo que nunca tenham feito ou algo que vos tire da zona de conforto em que estão habituados a estar. Não fazem ideia do quanto pode melhorar a vossa fotografia e do impulso que pode dar na vossa paixão pela fotografia.

Para quem tem várias objectivas, escolham apenas uma. Limitem-se a ir caminhar pela cidade apenas com uma máquina e uma objectiva. Isto vai fazer com que olhem à vossa volta com outra perspectiva. E vão surgir situações em que, por não terem a 300mm, vão ter de se aproximar do motivo a ser fotografado ou optar por outro tipo de plano e vão encontrar detalhes que de outra forma nunca teriam notado ou realizar uma composição absolutamente original de um local conhecido.

Boas Fotos!